
Entre os dias 21 e 28 de agosto, o Brasil promove uma importante mobilização voltada à conscientização da sociedade sobre os direitos, as necessidades e, principalmente, as potencialidades das pessoas com deficiência. A iniciativa tem como foco o combate ao preconceito, a valorização da diversidade e a construção de uma sociedade mais inclusiva e acessível para todos.
A data foi instituída em 1964, por meio do Decreto nº 54.188, inicialmente com o nome de Semana Nacional da Criança Excepcional. Com o passar dos anos, o termo “excepcional” caiu em desuso, sendo substituído por uma terminologia mais adequada e respeitosa: pessoa com deficiência intelectual e múltipla. Essa atualização reflete avanços nas discussões sobre inclusão, diversidade e direitos humanos.
Objetivos da Semana
A campanha tem como principal objetivo quebrar barreiras — sejam elas físicas, sociais ou atitudinais — que dificultam a participação plena das pessoas com deficiência na sociedade. Durante esse período, escolas, instituições e organizações da sociedade civil promovem palestras, debates, oficinas e atividades educativas que abordam a importância do respeito às diferenças e da promoção da inclusão em todos os espaços: da escola ao mercado de trabalho, do lazer à convivência familiar.
Além de informar, a semana busca incentivar políticas públicas que garantam o acesso dessas pessoas à educação de qualidade, à saúde, ao transporte, à cultura e à acessibilidade urbana. A luta não é apenas por inclusão, mas por igualdade de oportunidades.
Por que falar sobre deficiência intelectual e múltipla?
As pessoas com deficiência intelectual e múltipla enfrentam diversos desafios no cotidiano, incluindo preconceito, invisibilidade e exclusão social. Ao mesmo tempo, são indivíduos com capacidades, talentos e habilidades que merecem ser reconhecidos e valorizados.
A deficiência intelectual refere-se a limitações no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo, enquanto a deficiência múltipla envolve a combinação de duas ou mais deficiências. Isso não significa incapacidade: com acesso aos recursos adequados e ao apoio necessário, essas pessoas podem se desenvolver, aprender, trabalhar e viver com autonomia e dignidade.
Um compromisso coletivo
A Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla é uma oportunidade para que todos — escolas, famílias, empresas, gestores públicos e a sociedade como um todo — repensem atitudes e práticas. A verdadeira inclusão não é feita apenas por leis, mas por ações concretas de respeito, acolhimento e empatia.
Promover a inclusão é garantir o direito de cada pessoa ser quem é, viver com dignidade e participar ativamente da construção de uma sociedade mais justa, acessível e plural. Que esse período inspire não apenas reflexão, mas transformação.